A questão de se as pessoas com deficiência visual devem ser contratadas como funcionários pode ser considerada sob três perspectivas diferentes: moral, legal e econômica.

De um ponto de vista moral, a pergunta pode ser respondida facilmente, já que o respeito e a caridade estão entre os valores culturais e religiosos mais importantes de nossa sociedade. Se uma empresa não enfrenta esta obrigação moral, a imagem da empresa sofre e pode haver consequências sociais que podem resultar em um boca-a-boca negativo e vendas mais baixas.

No aspecto legal, existem leis que regulamentam uma quantidade mínima de pessoas com deficiência, conforme o número total de funcionários da empresa. Se uma empresa não cumprir com este sistema de quotas, são aplicadas multas.

O terceiro aspecto, para muitas empresas, é o mais importante: o econômico. A questão central é se e sob quais condições um funcionário com deficiência pode ter um desempenho tão bom ou até melhor que um colega não deficiente e, portanto, contribuir para o sucesso econômico de uma empresa.

Quando se trata de encontrar empregos apropriados, as pessoas com deficiência ainda estão em grande desvantagem. Isto se deve principalmente aos preconceitos negativos dos empregadores, que muitas vezes acreditam que as pessoas com deficiência não são capazes de ter um desempenho tão eficiente quanto os trabalhadores sem deficiência, ou que são um fardo e não uma fonte de valor agregado para a empresa.

Mais de 50 estudos explorando o significado do trabalho para pessoas com câncer, doenças mentais, lesões cerebrais, paraplegia, AIDS e distúrbios musculoesqueléticos descobriram que o trabalho continuou a desempenhar um papel vital em suas vidas, pois é percebido como uma fonte de identidade, ao mesmo tempo em que proporciona sentimentos de normalidade, socialização e apoio financeiro.

As pesquisas também mostram que os níveis motivacionais dos funcionários com deficiência não são apenas comparáveis, mas significativamente mais altos do que a média. Uma razão para isto é que é consideravelmente mais difícil para eles até mesmo conseguir um emprego. Uma vez contratadas, as pessoas com deficiência apreciam a oportunidade de trabalhar e estão mais motivadas a ter um desempenho acima do esperado.

Por outro lado, a maior motivação também se deve ao fato de que colegas de trabalho ou gestores colocam menos confiança nas pessoas com deficiência, que por sua vez querem convencê-los do oposto. Este maior nível de motivação leva a uma melhor qualidade, relações mais amigáveis com os clientes, maior lealdade para com seu empregador e um desempenho mais consistente.

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